Publicado em: 8/07/2014
Confira dicas sobre a vida em Berlim, um dos maiores centros culturais e tecnológicos da Europa.
Por Arthur Souza Lobo Guzzo
WM Brasilien 2014’
Apesar dos protestos e controvérsias conhecidas de todos, há que se reconhecer: a Copa do Mundo no Brasil está bombando em todos os aspectos, e aqui, na capital alemã, não é diferente. A empolgação dos alemães com o “WM” (pronuncia-se “vê-eme”), ou Weltmeisterschaft, também é ímpar. Sempre soube que o povo teutão era fanático por assuntos ludopédicos, mas nunca imaginei que os ânimos fossem ficar tão acirrados. Em dia de jogo da Alemanha, a cidade literalmente para para acompanhar as partidas em: bares, restaurantes, e telões estrategicamente organizados em pontos estratégicos, como a Haupbahnhof (estação central de trem).
‘WM Brasilien 2014’ – 2
Até o momento em que escrevo, a seleção alemã está indo muito bem no mundial, e isso é motivo suficiente para que o povo comemore de todas as maneiras às quais estão acostumados: churrascos (propiciados pelo tempo quente), cerveja, carros decorados com as cores da pátria, etc. Além disso, as empresas alemãs, como era de se esperar, pegam carona e lançam produtos exclusivos e temáticos. Um deles é um tanto quanto suspeito: pizza de FEIJOADA. É isso mesmo que você leu, pizza de feijoada, disponível em prateleiras de supermercados.
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Falando em telões estrategicamente localizados, o FC Union Berlin, (clube da cidade que joga na segunda divisão da Bundesliga) teve uma ideia excelente: durante a copa, transformou seu estádio em uma verdadeira sala de televisão com tapete e tudo, para quem quiser assistir aos jogos. Os fãs levam seus respectivos sofás, e contam com um telão para acompanhar a bola rolando nos gramados brasileiros. Mais uma inusitada atração da cidade em tempos de Copa do Mundo.
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Um dos aspectos bacanas de assistir aos jogos da Copa, em uma cidade multicultural como Berlim, é testemunhar as aglomerações das diferentes nacionalidades a cada jogo. Assisti, por exemplo, a uma partida da seleção francesa contra Honduras na Kulturbrauerei, antiga fábrica de cerveja que foi transformada em um centro cultural, com bares, restaurantes, cinemas, etc. Como era de se esperar, um telão de alta resolução foi instalado no pátio central e o local foi “invadido” por torcedores franceses e francófilos, que gritaram, esbravejaram e torceram. Enfim, uma experiência interessante.
Schmittz Bar
Em se tratando de bares, a Torstrasse (que fica em Mitte) é um prato cheio. A movimentada rua está repleta de estabelecimentos diferentes – basta escolher um que seja adequado ao seu estilo e às possibilidades orçamentárias. Uma dica legal é o Schmittz, que está sempre repleto de jovens interessados em jogar pebolim e ping pong. Não que isso não ocorra em outros bares, mas, no Schmittz, parece que a coisa adquire proporções maiores – além de oferecer diversos tipos de drinks, claro. Foi a primeira vez que eu vi, por exemplo, uma roda de várias pessoas jogando ping pong ao mesmo tempo.
Cachorros no escritório
Já comentei anteriormente sobre o cães berlinenses, e, até onde sei, levar cachorros para o trabalho é algo que já acontece em vários lugares – incluindo o Brasil. Mas foi aqui em Berlim que pude testemunhar essa prática. Faz todo o sentido: por que deixar o bichinho sozinho em casa, quando se pode trazê-lo ao escritório? É claro que tudo depende das normas da empresa em questão. Mas, de um modo geral, pode-se dizer que no local onde trabalho tem sido ótimo para os animais de estimação e para os colaboradores também, que se alegram com as presenças caninas.